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Mundial 70.3 Nice 2019



Nossa faixa etária largou depois das pro e foi muito legal vê-las todas no curral, aproveitei pra falar com a Luiza Cravo que é bem que nem eu, sabia que não podia ganhar essa prova, mas estava feliz por estar ali do lado das melhores do mundo.

Sendo eu afogada fui lá para frente para tentar pegar uma boa esteira e larguei na 4ª onda.

O mar não estava tão transparente por causa da chuva de ontem, mas era de um azul maravilhoso! Liberaram wetsuit, o que me favorece. Mas é não peguei sol durante minha natação e passei calor. Imagina quem veio depois?!?

Fiz muita força mesmo, peguei várias esteiras e fiquei levemente desapontada em fazer meu tempo de sempre. Mas deixei pra lá: no mínimo estaria mais inteira que o normal, graças a todo treino.  Depois um amigo me disse que a natação não deveria estar fácil pelo tempo que as profissionais fizeram.

Peguei a bike fui embora, 20km planos e aí começa a subir o que não era nada demais mesmo. Era longa? Era! Tinha trechos muito inclinados? Tinha, mas eram curtos. A Vista Chinesa  é pior? Muito! Se fossem 10km iguais a Vista, aí ia ser complicado. Mas não, aqui aliviava bastante e os 10km finais de subida eram mais leves que a Serra de Teresópolis.

Aahhh e as paisagens eram lindas! 🤩

A descida como eu fiz o reconhecimento sabia que era muito tranquila, dava para pedalar no clipe por um bom tempo e com a estrada fechada dava para pegar a tangente das curvas igual aos pro Tour. Uma delícia! Foi mais difícil descer com a TT? Não! Quem desce a Vista e o Joá de TT desce tranquilamente aqui sem perder tempo. Fiz uma descida rápida mas sem me arriscar: não ganhei posições descendo, mas tb não perdi: fui ultrapassada por uma meia dúzia e ultrapassei outra meia dúzia.Estava quente e úmido aqui então usei meu macaquinho mais fresco: passei um frio na descida! Quando fui correr meu pé ainda estava dormente!




A corrida é sempre muito difícil! Eu saio da bike torta e penso: vai ser duro correr 21km agora 😖😖😖

Enfim, saio correndo na transição, passinhos curtos, cadência alta e vou acelerando até uma velocidade que parece confortável. Olho o Garmin, checo se é aceitável e tento manter até o final. Encaixei exatamente o que estava fazendo nos treinos. Ótimo! Se eu segurasse até o final seria meu recorde de meia maratona!  O pior é que estava confortável, mas quando eu tentava ir pro vermelho ameaçava ter câimbra. Alguns trechos eram mais rápidos com leves descidas outros mais lentos com subida. Mas não estava tão quente, tinha um ventinho ótimo, que às vezes estava contra 😕Eram duas voltas até o aeroporto. Quando fiz a 1ª volta uma menina passou por mim num pace uns 5s acima do meu, fiquei com muita raiva! Eu estava no limite do esforço físico, correndo no conforto para não ter câimbras!... mas não do esforço mental. Comecei a passar nas estações de hidratação mais rápido. Nada de isotônico, só água mesmo e sem quase frear. E tentei não perder ela de vista. Quando fizemos a volta próximo da linha de chegada outra menina me passa voada, que ódio! Malditas de câimbras!




Aí... a primeira que me passou perde o ritmo, chego nela, fico junto, vejo que estava lenta, meto o pé e vou embora sem olhar para trás. Depois de uns dois km olhei para trás de relance e ela não estava nem perto.

Fiz a última volta no aeroporto e vejo a outra  menina que tinha me ultrapassado, passando pelo próximo ponto de hidratação devagar. Pensei: perdeu! É questão de tempo.  Apertei o pace  e logo depois passei por ela voada!

Aí lembrei: meu recorde de meia-maratona!!! Apertei mais ainda! Comecei a fazer conta, vai dar! Passei mais um monte de meninas, nenhuma do meu age group... mas passei acelerando para chegada!!! Quebrei meu recorde!!! Tirei 3min do meu melhor tempo de meia!

Ahhh e descobri que fazer um 70.3 cura gripe. Fiquei gripada nas vésperas da prova. Mas na manhã da prova não pensei nisso e quando cruzei a linha de chegada eu lembrei e percebi que não estava mais doente.




 

 

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